Ministério Público vai processar pais que não enviarem filhos à escola por mais de 15 dias em Fernando de Noronha
06/08/2025
(Foto: Reprodução) Audiência pública discutiu problemas de crianças e adolescentes em Fernando de Noronha
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai processar os pais que deixarem de mandar os filhos para a escola por mais de 15 dias em Fernando de Noronha.
A medida foi anunciada pelo promotor Fernando Matos durante uma audiência pública realizada na terça-feira (5), no Conselho Distrital, que discutiu os problemas enfrentados por crianças e adolescentes da ilha (veja vídeo acima).
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O promotor determinou que o setor de educação envie a lista dos alunos com faltas prolongadas.
“Não vou mais aceitar essa situação. Quero a lista e vou intimar os pais. Se não houver uma justificativa plausível para as faltas, vou abrir processo por abandono intelectual. Essa será minha exigência a partir de agora”, afirmou Fernando Matos.
Conselheiros tutelares, distritais e moradores da ilha relataram vários problemas que afetam crianças e adolescentes em Noronha.
Entre as principais queixas estão a falta de opções de lazer, ausência de quadras esportivas, dificuldades com moradia e o crescimento do consumo e tráfico de drogas.
Representantes do governo estadual e da Polícia Militar apresentaram as ações que já estão sendo feitas na ilha.
A secretária estadual da Criança e Juventude, Yanne Teles, se comprometeu a desenvolver trabalhos em parceria com representantes de Fernando de Noronha.
O governo pretende implantar na ilha a Casa da Juventude. “Será um espaço voltado para os jovens. O projeto é viável, temos orçamento. Basta a comunidade querer, e vamos executar da forma que os moradores decidirem”, disse a secretária.
Audiência foi realizada no Conselho Distrital
Ana Clara Marinho/TV Globo
O Conselho Distrital formou um grupo de trabalho para debater os problemas que afetam crianças e adolescentes.
“Esse grupo vai definir as ações prioritárias para a juventude da ilha. Ele será formado por representantes do Ministério Público, da Administração da Ilha, do Conselho Tutelar e do Conselho Distrital”, explicou o presidente do Conselho, Milton Luna.
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