Castro afirma que Itamaraty entrou em contato depois de 'avacalhar' a PM no caso de filhos de diplomatas

  • 10/07/2024
(Foto: Reprodução)
Governador disse que houve um pré-julgamento dos policiais, e que caso é investigado pela Corregedoria. O g1 procurou o Itamaraty, que informou que não vai comentar a declaração de Castro. Cláudio Castro durante a inauguração do Programa Segurança Presente no Galeão Cristina Boeckel/g1 Rio O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou na tarde desta quarta-feira (10) que houve um julgamento precipitado das autoridades federais na abordagem de policiais militares a cinco adolescentes, três deles filhos de diplomatas estrangeiros negros, na Rua Prudente de Moraes, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. O caso é investigado pela Corregedoria da PM. Pela manhã, o Itamaraty afirmou que enviou um ofício ao Governo do Estado sobre o caso. "Ele [o Itamaraty] enviou depois. Mas quando eles querem, eles ligam. Enviar um ofício posterior não quer dizer nada depois de ter avacalhado a polícia. Totalmente dispensável o ofício deles", disse Castro. O g1 procurou o Itamaraty, que informou que não vai comentar a declaração de Castro. O governador afirmou que não vai "crucificar" os policiais envolvidos no caso e que uma investigação apontará o que ocorreu. "Eu vou cobrar uma investigação séria e isenta. Se for constatado que exageraram vão ser punidos dentro do que é previsto neste tipo de erro." Castro afirmou que o contato com o Ministério das Relações Exteriores poderia ter sido diretamente, por meio de um telefonema. "Todos têm meu telefone. Aconteceu e, antes de dar a declaração, liga. Essa é a postura. Depois de achincalharem a polícia, mandaram ofício. Perderam tempo em mandar ofício", completou o governador. Mesmo com discordâncias sobre a forma como o Ministério das Relações Exteriores abordou o caso, Castro não descarta uma possível punição caso seja comprovado algum erro ou abuso na abordagem. "No depoimento dos garotos, eles falam que os cinco foram revistados e que haveria tido uma truculência só com três deles. No depoimento desse funcionário ele não relata isso. O que estamos fazendo é deixar o devido processo legal fazer o julgamento. E se tiverem que passar por reciclagem ou serem punidos, serão punidos dentro do erro que cometeram", ressaltou o governador. As declarações do governador foram dadas na inauguração de uma base do programa Segurança Presente no acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. A unidade fica na Avenida Vinte de Janeiro. É a segunda unidade do programa no bairro. Outra foi inaugurada ano passado, no Jardim Guanabara. A base do aeroporto conta com 22 policiais militares, além de 4 motos e 2 carros. De acordo com o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, a base complementa o projeto de aumento do número de voos no local. Segundo ele, a expectativa é de que o número de passageiros dobre de um ano para outro, passando de 7 para 14 milhões de passageiros este ano. O governador Claudio Castro destacou que o programa faz parte de um projeto perene de combate ao crime. "O Segurança Presente permite que a população se sinta segura, vendo os policiais e colaborando com quem vive e visita o Rio", finalizou Castro. A abordagem PMs apontam armas para filhos de diplomatas estrangeiros negros durante abordagem no Rio No último dia 3, 2 PMs abordaram 4 jovens, filhos de representantes do Canadá, Gabão e Burkina Faso, na Rua Prudente de Moraes. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os policiais apontam armas para os adolescentes negros, acompanhados de 2 garotos brancos, brasileiros (veja acima). Os diplomatas consideraram a ação truculenta. O embaixador do Gabão no Brasil, Jacques Michel Moudouté-Bell, apontou racismo na abordagem. Ele, pessoalmente, reclamou ao Itamaraty. Por conta disso, o governo federal exigiu que o Rio de Janeiro fizesse uma apuração rigorosa e responsabilizasse adequadamente os policiais. Castro, porém, afirmou não ter sido procurado formalmente por algum representante do Itamaraty. “Eles não entraram em contato. Preferiram botar nota pública antes de saber o que aconteceu. Isso é uma coisa que a gente tem que tomar cuidado. Atacar a polícia sem de saber o que aconteceu é muito fácil. Espero que, por parte do Itamaraty e do Ministério [das Relações Exteriores], eles tenham mais respeito e mais consideração pela Polícia Militar. Quando os filhos deles estão aqui, quem vai defender é a polícia. Atacar a polícia sem ao menos ligar antes para dialogar?”, declarou o governador. “A gente tem que tirar a política disso e começar a entender que aqui se faz segurança pública. A polícia está aqui para defender o cidadão. Se ela errar, ela será corrigida, dentro do erro. A gente não vai crucificar um policial que está lá fazendo o seu trabalho. Eu espero que o Ministério e o Itamaraty tenham mais zelo antes de sair fazendo crítica pública à polícia”, emendou.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/07/10/castro-afirma-que-itamaraty-entrou-em-contato-depois-de-avacalhar-a-pm-no-caso-de-filhos-de-diplomatas.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes